por Rodrigo Haddad
Continuando a avaliação das séries novas que eu já consegui assistir, aqui vão mais algumas:
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Emily Van Camp é Amanda Clarke/EmilyThorne em Revenge |
- “Revenge” – o melhor drama da nova safra é basicamente um novelão sobre, como o título já deixa antever, vingança. Emily VanCamp (“Everwood”, “Brothers & Sisters”) se aproveita do rostinho angelical pra convencer os moradores de uma rica cidadezinha litorânea de que é uma boa menina, quando na verdade o que ela quer é se vingar de todos que contribuíram para a ruína do pai dela (James Tupper, que aparece em “flash-backs” depois de ser envolvido injustamente em escândalos financeiros e de terrorismo, preso e acabar morrendo na cadeia). Os detalhes, assim como os principais envolvidos, vão sendo revelados a cada episódio, mas já fica claro desde o início que tudo passa pela milionária local, vivida pela sumida (e bem-vinda de volta) Madeleine Stowe (que bem poderia figurar no dicionário como definição para a sigla MILF). A série já teve sua primeira temporada completa confirmada e é um dos sucessos da nova temporada. NOTA: 8,5
- “American Horror Story” – a nova série de Ryan Murphy e Brad Falchuck, os criadores de “Glee”, está bem mais próxima do sucesso anterior da dupla, “Nip/Tuck”, principalmente em termos de bizarrices. É uma proposta ousada e extremamente arriscada: uma série de terror recheada de esquisitices dignas de um “Twin Peaks”. E se já é difícil uma seqüência de um filme de terror manter o nível (e os sustos) do primeiro, imagine então prolongar o suspense e o medo por 22 episódios? Isso considerando-se apenas uma temporada. Mas enfim, o primeiro episódio cumpre o que promete. É a velha história da casa mal-assombrada, mas com o acréscimo de perversões sexuais, bullying, relações terapeuta-paciente, vizinhos estranhos e por aí vai. O casal central é vivido por Connie Britton (recém-saída de “Friday Night Lights”) e Dylan McDermort (“The Practice”) – ela perdeu um bebê, depois o pegou no flagra em uma traição e agora eles tentam recomeçar em uma casa antiga no interior. A galeria de personagens incluem uma vizinha interpretada por ninguém menos que Jessica Lange (ganhadora de 2 Oscars), uma adolescente com síndrome de Down, uma governanta sinistra que a esposa vê como velha (Frances Conroy, de “A Sete Palmos”) e o marido como uma jovem sexy (Alexandra Breckenridge), um homem com o rosto deformado por queimaduras (Denis O´Hare, de “True Blood”) e um rapaz que sonha que está matando os colegas da escola (Evan Peters). Curtiu? Eu também. NOTA: 8
- “Suburgatory” – a boa fase das sitcoms continua com essa divertida série que tem Jeremy Sisto como um pai que surta ao encontrar um pacote de camisinhas na gaveta da filha (Jane Levy) e decide levá-la para o subúrbio, numa tentativa de salvá-la das tentações de Nova York. Eles vão morar em uma vizinhança que parece saída do filme “Mulheres Perfeitas” – tudo igual, pasteurizado, automático. E a menina, é claro, se torna um peixe fora d´água. O ótimo elenco inclui Alan Tudyk (“Coração de Cavaleiro”, “Transformers 3”), a veterana do “Saturday Night Live” Ana Gasteyer, Rex Lee (o Lloyd de “Entourage”) e a incrível Cheryl Hines (a ex-mulher de Larry Clark em “Curb Your Enthusiasm” e que também poderia figurar no dicionário ao lado da palavra “MILF” – vide “Revenge” acima). NOTA: 8
-“The Playboy Club”, “Charlie´s Angels” e “How To Be a Gentleman” – nem vou perder muito tempo falando dessas séries porque as três já foram canceladas, então terão no máximo 6 episódios. Uma pena, principalmente pela primeira, que parecia bem promissora, apesar de não ser o que se espera de uma série sobre o maior templo hedonista que existe.
PRÓXIMA EDIÇÃO: “Hart of Dixie” (com a Rachel Bilson), “Homeland” (com a Claire Danes e o Damian Lewis), “A Gifted Man” (com o Patrick Wilson e a Jennifer Ehle), “Prime Suspect” (com a Maria Bello) e “Terra Nova” (produzida por Steven Spielberg).
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