30/11/2011
Novas Séries: Primeiras Impressões - Parte 3
por Rodrigo Haddad
“Person of Interest” – a nova série criada por J. J. Abrams (“Lost”, “Alias”) é bem bacana e das mais promissoras entre as novatas. Ajuda ter um ótimo elenco, liderado pelo Ben de “Lost”, Michael Emerson, que faz um milionário que criou pro governo um sistema que ajuda a prevenir e evitar atos terroristas, e que tem uma “perna” que foi descartada pelos poderosos, mas não por ele. Esse “sistema B” identifica potenciais crimes comuns que podem ou não vir a acontecer. Para tentar prevenir tais acontecimentos, o ricaço contrata um ex-agente secreto que vive meio à margem da sociedade depois de sofrer um grande trauma (Jim Caviezel, um “quase” astro de cinema que fez “O Conde de Monte Cristo” e deu uma sumida depois de viver Jesus Cristo no filme do Mel Gibson). Completa o elenco central a indicada ao Oscar Taraji P. Henson (a mãe de Brad Pitt em “O Curioso Caso de Benjamin Button”). NOTA: 8
“A Gifted Man” – Patrick Wilson é um astro da Broadway que tenta emplacar no cinema desde que fez um dos papéis principais na versão pra telona do musical “O Fantasma da Ópera” (era o Raoul). Ele tem chegado perto do estrelato, com bons papéis em filmes como “Pecados Íntimos”, “Esquadrão Classe A” e “Watchmen”, mas consegue a melhor chance agora na TV com esse drama médico/espírita em que faz um cirurgião rico, disputado e meio arrogante que passa a ver o fantasma da ex-mulher (Jennifer Ehle, a Lizzie Bennet da versão da BBC pro clássico “Orgulho e Preconceito”). A defunta, também médica, ajudava em uma clínica pra necessitados e morreu em um acidente, e quer que o ex-marido continue o trabalho que ela iniciou. A série é bem interessante, mistura bem drama e comédia, e embora não seja um grande sucesso de público, tem potencial pra emplacar. NOTA: 7,5
“Hart of Dixie” – Rachel Bilson, a Summer de “The O.C.”, volta à TV e é o maior atrativo dessa série que mostra as aventuras de uma médica que, antes de assumir um posto em um grande hospital de Nova York, precisa trabalhar em uma cidadezinha minúscula do interior pra aprender a se preocupar com os pacientes e a valorizar as “pequenas coisas da vida”. Clichezaço, claro, mas Rachel é tão linda e encantadora que dá pra assisti-la até lendo a lista telefônica. E a série, apesar da premissa batida, está longe de ser ruim, é bem divertida na verdade. NOTA: 8
“Prime Suspect” – o remake americano da famosa série inglesa estrelada por Helen Mirren tinha tudo pra certo (afinal, o material original é brilhante) ou pra dar errado (dá pra contar nos dedos de uma mão os remakes que funcionam). Parece que a segunda opção vai vencer, já que a série não está bem de público e tampouco conquistou a crítica, mesmo tendo a ótima Maria Bello como protagonista e um elenco coadjuvante fenomenal (Aidan Quinn, o irlandês Bryan O´Byrne e outros). Na verdade o grande erro aqui é que a série ficou muito parecida com outra série que continua sendo exibida, “The Closer”, que passa na TNT e é estrelada por Kyra Sedgwick: uma mulher que tenta vencer em um mundo dominado pelos homens. Enfim, dá pra assistir pelo elenco enquanto a série não é cancelada, o que não parece que vai demorar muito. NOTA: 6,5
“Pan Am” – a outra série que tenta aproveitar o sucesso de “Mad Men” (lembrando que “The Playboy Club” já rodou) por enquanto está se dando melhor, mas não muito: ainda não tem futuro garantido, já que embora as críticas sejam favoráveis, o público ainda não embarcou no charme do mundo da aviação comercial nos anos 60, misturando luxo, glamour e espionagem. Tomara que a audiência americana a descubra logo, porque é uma série bem interessante com bom elenco – Christina Ricci (“A Família Addams”) é o nome mais conhecido, mas o grande destaque é Kelli Garner, que cresceu muito desde que estreou no polêmico “Kids” e faz a aeromoça que é uma espiã disfarçada. NOTA: 8
“Homeland” – a provável melhor série dramática da temporada 2011/12 é baseada em um seriado israelense (assim como a finada “In Treatment”) e pode quase ser considerada um presente pros órfãos de “24 Horas” – lembra um pouco também o filme “Brothers / Entre Irmãos”. Claire Danes (ausente da TV desde que foi revelada na cultuada “My So-Called Life”) é uma agente da CIA que desconfia que um prisioneiro de guerra recém-retornado do Iraque (Damien Lewis, de “Band of Brothers” e “Life”) pode ser um agente duplo. Só que o histórico dela de paranóia e os remédios que ela toma escondido diariamente fazem com que ela não seja levada muito a sério. O elenco ainda tem o grande Mandy Patinkin (“Chicago Hope”, “Criminal Minds” e veterano de musicais da Broadway como “Evita”) e a belíssima meio-brasileira Morena Baccarin (“V”). NOTA: 9
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