29/09/2007

24 Horas: Dia 6




Ok, a sexta temporada foi a mais fraca de todas, a audiência caiu um pouco, os críticos caíram em cima (até colocaram a série entre as piores do ano), mas não adianta: “24 Horas” ainda é o melhor drama da televisão. Mesmo com a fantástica reviravolta dos últimos episódios de “Lost” e com o brilhantismo de quase todos os capítulos de “Heroes” (só pra citar dois exemplos), nenhum outro é tão viciante e bem escrito quanto os dias de cão vividos por Jack Bauer (Kiefer Sutherland) e seus colegas. Sim, o sexto dia podia ter terminado na 18ª hora, aí sim seria uma temporada perfeita; mas mesmo com a enrolação (e um punhado de pequenos absurdos) das 6 horas finais, ainda assim foi uma temporada digna.


ATENÇÃO: OS PRÓXIMOS PARÁGRAFOS CONTÉM SPOILERS QUE PODEM ESTRAGAR AS SURPRESAS PRA QUEM AINDA NÃO ASSISTIU A SEXTA TEMPORADA


O mais legal de “24 Horas” é que nenhum personagem é 100% bom ou 100% mal (exceto, é claro, a meia dúzia de terroristas malucos que aparecem em cada temporada). Assim, praticamente todos os personagens tomam em algum momento uma atitude que causa raiva no espectador, pra em seguida tomarem outra que agrada, e vice-versa. É isso que os torna reais, afinal ninguém acerta todas. E em dias tensos como os mostrados na série, maior ainda o risco de errar. O maior exemplo dessa temporada é o chief-of-staff Tom Lennox (interpretado pelo sempre brilhante Peter McNicol, de “Ally McBeal” e “Chicago Hope”). Lennox começa o dia querendo impor de qualquer forma sua política radical anti-terrorismo, indo de encontro às idéias do Presidente Wayne Palmer (D.B. Woodside) e até chantageando a Secretária-de-Defesa Karen Hayes (Jayne Atkinson), pra depois se redimir impedindo o assassinato do Presidente e colaborando muito pra resolução dos conflitos.



É claro que existem situações que forçam um pouco a barra, dessa vez especialmente a recuperação espantosa do Presidente Palmer no momento exato para impedir uma Terceira Guerra Mundial, pra em seguida entrar em coma profundo, mas com certeza é tudo justificável cientificamente, e nada que comprometa a plausibilidade da história. O grande problema dessa temporada foi mesmo o fato de o conflito principal ter se resolvido quase no final da 18ª hora, pra em seguida surgirem outras complicações não tão interessantes que se estenderam por mais 6 episódios. Talvez por isso o público tenha se afastado um pouco e os críticos se irritado tanto.
Destaques dessa temporada foram a relação de amor e ódio entre os agentes Chloe O´Brien (Mary Lynn Rajskub, que só participou de menos episódios que o astro Kiefer Sutherland) e seu ex-marido Morris (o ótimo Carlo Rota), e a inclusão de um novo agente (Mike Doyle, vivido pelo eterno quase-astro Ricky Schroder) que tem tudo pra ser um sucessor de Jack Bauer no dia em que Sutherland decidir aposentar o personagem - quer dizer, caso sobreviva à bomba que explodiu no rosto dele no último episódio.


Aliás, essa temporada teve de tudo: pai matando filho, avô ameaçando o neto de morte, irmão torturando irmão, beijos calientes dentro da CTU, um agente tendo que matar o outro pra proteger um terrorista, a volta de Kim Raver como Audrey Raines (já que a outra série dela, “The Nine”, não deu certo, ela voltou pra essa)... E o pobre Eric Balfour (o agente Milo Pressman, que participou de alguns episódios da primeira temporada), que estava quase conseguindo comemorar a primeira temporada completa da carreira, pra ver seu personagem morrer faltando apenas 3 episódios pro final - Balfour é um dos atores que mais participaram de séries de TV, mas sempre com personagens que morrem ou somem durante a temporada (“Buffy”, “A Sete Palmos”, “The O.C.”) ou em séries que não duram sequer uma temporada (“Sex, Love & Secrets”, “Conviction”). Mas o melhor de tudo foi a reaparição do casal Logan, com mais um show de Gregory Itzin e Jean Smart que terminou com a ex-primeira dama esfaqueando o ex-marido com uma faca de cozinha.Enfim, não perca a sexta temporada, que será lançada em DVD no Brasil em outubro.


E A SÉTIMA TEMPORADA?


A sétima temporada já está sendo filmada, depois de alguns probleminhas já resolvidos. Por enquanto os únicos personagens confirmados são Bauer e Chloe, além de Bill Buchanan (James Morrison), que deve aparecer em alguns episódios. Mais surpreendentes são os rumores sobre a volta do agente Tony Almeida (Carlos Bernard), que supostamente teria morrido na quinta temporada (porém, a morte dele não foi mostrada, mas sim subentendida). De novidades: a primeira Presidente da história, que será vivida pela atriz Cherry Jones (ganhadora do prêmio Tony em 2005 pela peça “Doubt”); uma agente do FBI interpretada por Janeane Garofalo (“Saturday Night Live”, “The West Wing”); e outras caras conhecidas da televisão como Jeffrey Nordling (“Once and Again”, “C.S.I.”) e John Billingsley (“The Nine”, “Prison Break").


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